Stephanes assume vaga de José Borba na Câmara

O secretário do Planejamento, Reinhold Stephanes (PMDB), tomou posse ontem à tarde, na vaga deixada pelo ex-deputado José Borba (PMDB), que renunciou no início da semana, após ter sido um dos treze deputados que estavam para responder processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara Federal. O diretor-geral da Secretaria do Planejamento, Alan Costa, assumiu no lugar de Stephanes.

O novo deputado peemedebista tem a intenção de permanecer por um período de vinte dias na Câmara. É o tempo que julga ser suficiente para apresentar as propostas de emendas ao Orçamento da União para 2006. Depois, Stephanes retoma o cargo de secretário, do qual se afasta novamente, desta vez, em definitivo, a partir de abril do próximo ano. É o mês estabelecido pela legislação eleitoral para que ocupantes de cargos no Executivo se desincompatibilizem dos seus cargos para disputar as eleições.

Stephanes será candidato à Câmara Federal novamente no próximo ano. Ex-ministro da Previdência do governo Fernando Henrique Cardoso, Stephanes não conseguiu se eleger nas duas eleições que disputou depois de deixar o ministério, onde conduziu a primeira parte da reforma da Previdência.

Crivo popular

Stephanes é contra a punição que está sendo discutida na executiva estadual do PMDB para Borba, que era o líder do PMDB na Câmara. O ex-deputado foi denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que o citou entre aqueles que teriam recebido recursos das empresas do publicitário Marcos Valério, acusado de ser o operador financeiro das supostas mesadas que o governo teria pago para obter apoio no Congresso Nacional.

A executiva estadual está analisando se toma a decisão de negar, por antecipação, a legenda para que Borba posse concorrer em 2006. Uma tese que estava forte no início da semana, mas que perdeu força depois da reunião da executiva estadual, na quarta-feira, dia 19, quando alguns integrantes do comando do partido passaram a contemporizar sobre o destino do ex-deputado peemedebista.

Para Stephanes, o julgamento de Borba deve ser deixado para os eleitores. "Não sou membro da executiva, que tem autonomia para tomar qualquer decisão que achar conveniente. Mas acho que neste caso específico, se ele quiser se submeter a julgamento popular na eleição, são os eleitores que dirão se aceitam ou não que ele tenha um novo mandato", afirmou.

Retorno

Stephanes disse que irá apresentar emendas ao Orçamento propondo a liberação de recursos para a área de infraestrutura no Estado. Disse ainda esperar que no período possa surgir uma pauta paralela ao trabalho das comissões parlamentares de inquérito e às discussões sobre as cassações. Se estiver ainda na Câmara quando as cassações forem votadas em plenário, disse que irá acompanhar o voto dos relatores. Quando deixar a Câmara Federal, a vaga de Stephanes será assumida por Cláudio Rorato, ex-secretário de Turismo do governo do Estado, que se afastou do cargo para disputar a eleição de vice-prefeito em Foz do Iguaçu.

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