O primeiro debate entre candidatos a governador da Bahia foi marcado pela união de esforços entre os candidatos Paulo Souto (DEM) e Geddel Vieira Lima (PMDB), respectivamente segundo e terceiro colocados na pesquisa Ibope divulgada na semana passada – com 19% e 11% -, nas críticas contra o governador e candidato à reeleição Jaques Wagner (PT), que lidera as intenções de votos, com 46%.

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Apenas nos três primeiros blocos, os candidatos trocaram três perguntas entre si, todas relativas a temas sensíveis da administração petista na Bahia.

No segundo bloco – o primeiro no qual as perguntas entre candidatos foram feitas – Geddel perguntou a Souto, ex-governador no Estado, se era verdade que ele “fazia pouco e mostrava muita propaganda”, quando liderava a administração estadual. O candidato do DEM aproveitou para criticar os gastos do governo Wagner com propaganda. “Tão grave quanto a utilização da propaganda abusiva é a propaganda que induz ao erro”, disse, ao citar anúncios “de obras que não existem”. Geddel disse concordar com as críticas, na réplica, e em seguida Souto voltou a atacar os gastos do governo. “Extrapolou tanto (o uso da propaganda) que colocaram o símbolo do governo nas orelhas de um bode.” Em determinado momento, o candidato do PSOL, Marcos Mendes, brincou com a situação: “Eu quero morar na propaganda do governo da Bahia.”

No terceiro bloco, Geddel e Souto voltaram a trocar perguntas. O peemedebista perguntou ao ex-governador sobre segurança pública – o principal tema de ataques de Souto a Wagner desde o início da campanha. “Wagner disse que fez muita coisa, mas os resultados foram desastrosos, uma pessoa em Salvador tem seis vezes mais chance de ser assassinada do que uma em São Paulo”, disse o democrata. “Isso me assusta, porque se ele falasse que não tinha feito nada e a situação tivesse piorado, eu acharia normal, mas não é assim. Os homicídios cresceram 76% em quatro anos. Em seguida, foi a vez de Souto perguntar a Geddel, desta vez sobre a situação da saúde pública no Estado. Na questão, Souto disse que, no ano passado, 450 pessoas morreram em postos de saúde porque os hospitais estaduais não tinham aceitado os pacientes.

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