Sócio de empresa de câmbio nega ter recebido dinheiro

No último depoimento de ontem à sub-relatoria de Contratos da CPMI dos Correios, o sócio da empresa Cortez Câmbio e Turismo, Carlos Alberto Taveira Cortez, negou ter trabalhado ou recebido dinheiro da Skymaster. Ele admitiu apenas ter tido contatos esporádicos com um dos sócios da empresa, João Marcos Pozzetti.

O sub-relator José Eduardo Cardozo (PT-SP) estranhou a versão de Cortez, lembrando que houve um número elevado de telefonemas entre a sua empresa e a Skymaster. O depoente defendeu-se alegando que a Cortez Câmbio e Turismo é uma espécie de parâmetro para a obtenção de informações cambiais em Manaus. Por isso, a empresa recebe telefonemas não só da Skymaster, mas também de várias outras empresas da cidade.

Cortez responde a processos por evasão de divisas, gestão fraudulenta, lavagem de capital e formação de quadrilha. Ele depõs na CPMI amparado por habeas corpus do Supremo Tribunal Federal que lhe dá direito de não responder a algumas perguntas. A sub-relatoria de Contratos da CPMI vai pedir a quebra do sigilo do processo judicial respondido pelo empresário, que chegou a ficar cinco meses preso.

Em seu depoimento, Cortez confirmou que Francisco Marques Carioca (que será ouvido no próximo dia 17 pela CPMI) é segurança e funcionário de confiança de sua empresa. Segundo o empresário, Carioca faz saques bancários para a companhia, pois a maioria dos clientes é composta de turistas, que preferem trabalhar com dinheiro vivo. O depoente explicou ainda aos parlamentares que é dono da Cortez desde 1989. No início, segundo ele, a empresa atuava apenas no setor de contabilidade, mas depois começou a trabalhar com câmbio e turismo.

O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) informou que vai apresentar um requerimento para convocar um novo depoimento de Pozzetti, que já foi ouvido pela comissão. Também deve ser convocado o ex-diretor de Operações dos Correios, Carlos Lima Sena, que foi acusado de receber propina de uma empresa de transporte em troca de benefícios em licitações da estatal. 

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