Sob pressão, Ciro pode terminar sem mandato

Sob uma pressão “violentíssima” para retirar sua pré-candidatura à Presidência da República, conforme definição dele mesmo, o deputado Ciro Gomes (PSB-SP) tende a não concorrer a nenhum cargo eletivo caso seja afastado da disputa pela sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com informação de políticos ligados a Ciro, ele poderá se recolher ao Ceará para cuidar apenas da campanha à reeleição do irmão, o governador Cid Gomes (PSB).

Além de estar decepcionado com o Legislativo, ele teria avaliado que uma candidatura a deputado, por São Paulo, para onde transferiu o voto no ano passado, obteria uma votação pequena, pois teria pouco espaço de atuação. Ciro transferiu o título para São Paulo a pedido de Lula, que imaginava fazer dele uma arma para disputar o governo paulista. Mas a estratégia não deu certo e a Ciro quase não sobrou opção, visto que Lula e o PSB o pressionam a desistir da candidatura ao Planalto.

Para piorar a situação, o PT cearense ameaça abandonar a aliança de apoio a Cid Gomes e trabalha para impor o nome do ex-ministro José Pimentel na chapa para o Senado, ao lado de Eunício Oliveira, do PMDB. Acontece que Ciro defende outra dobradinha, com Eunício e o atual senador tucano Tasso Jereissati.

Nesse cenário, a convivência de Ciro com o PT do Ceará é cada dia mais complicada. No fim de semana, ele afirmou que “alguns setores do PT nacional e o PT local chegam à beira do criminoso”, tal a pressão que fazem sobre ele para que saia da disputa presidencial e para que apoie José Pimentel e não Jereissati. “Estou sentindo uma pressão violentíssima. Especialmente aos cearenses, eu devo confessar que vou resistir”, disse Ciro.

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