Só um vereador não vai para a reeleição em Curitiba

Se depender da vontade dos atuais vereadores de Curitiba, haverá renovação de apenas uma cadeira na Câmara Municipal após a eleição de outubro. Trinta e sete dos 38 vereadores da Câmara Municipal de Curitiba pretendem disputar a reeleição. No entanto, a provável polarização da disputa entre PT e PSDB para a prefeitura e a investida do PMDB em eleger representantes para o legislativo municipal (hoje o partido do governador não tem nenhum vereador) podem ser os responsáveis pelas principais mudanças nas cadeiras da Casa, mudanças que dependerão da vontade do eleitor.

?Hoje a Casa é composta por ampla maioria de aliados ao prefeito. Com uma disputa mais polarizada, essa divisão também poderá ocorrer nos votos para vereador. Acredito que a próxima legislatura terá um equilíbrio maior entre situação e oposição, seja quem for o prefeito?, disse o vereador André Passos (PT), que é o único que já anunciou que não disputará um novo mandato.

?Acredito que dois mandatos são o suficiente para um parlamentar deixar a marca de seu trabalho. Respeito quem acha que deve ficar mais, mas eu prefiro deixar espaços para outros?, disse. Passos, que é presidente municipal do PT, disse haver uma pequena possibilidade de ser candidato a vice-prefeito, se Gleisi Hoffmann vencer as prévias o partido e a legenda optar por lançar chapa pura. ?Mas o mais provável é que não terei mandato em 2009, trabalharei junto aos movimentos sociais, na coordenação do partido e no meu escritório de advocacia?, destacou. O vereador também é cotado a assumir uma secretaria caso Gleisi vença as eleições. Já para 2010, Passos ensaia nova candidatura. ?Gostaria muito de ser deputado estadual. Não fui eleito em 2006, quem sabe tente mais uma vez?.

Para o presidente da Casa, João Cláudio Derosso (PSDB) é natural o vereador tentar a reeleição. ?Hoje temos este cenário com 37 candidatos, mas isso pode mudar até as convenções?, disse. ?Particularmente, disputarei um novo mandato pois sinto que ainda tenho a contribuir com a cidade. Conheço bem Curitiba e sei que posso ajudar com novas propostas?, acrescentou. Derosso lembrou que, historicamente, a Câmara reelege, em média, 70% de seus vereadores a cada eleição. O vereador comentou ainda que o equilíbrio entre situação e oposição deverá ser maior na Casa não só pelo resultado das urnas. ?A partir da fidelidade partidária, algumas legendas que são declaradamente de oposição poderão exigir de seus vereadores que têm votado com o prefeito uma mudança de postura?, ressaltou. Com praticamente todos os vereadores em campanha no segundo semestre, a Câmara até já alterou os horários das sessões, que, após o recesso do meio do ano, serão pela manhã.

Sem nenhum vereador na atual formação da Câmara e com poucas chances de eleger o prefeito de Curitiba, segundo as pesquisas, o PMDB já apontou, desde o ano passado, que sua prioridade na capital será eleger de quatro a seis nomes para a Câmara. Para isso o partido aposta na força política do governador Roberto Requião para, desta vez, ter um melhor resultado eleitoral.

?A renovação que a Casa precisa virá com o PMDB. Já recrutamos nomes importantes que não se elegeram mas tiveram boa votação na eleição passada. Temos uma proposta para Curitiba a ser discutida na Câmara Municipal?, disse o secretário geral do partido, João Arruda, que destacou nomes como Fernando Gomes, Chico Oliveira, Márcia Schier e Rodrigo Curi como algumas das apostas da legenda.

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