A dois dias do primeiro debate entre os nomes que disputam o governo paulista, o candidato do PMDB, Paulo Skaf, visitou comunidades carentes da zona sul de São Paulo. Ele andou por áreas de descarga de esgoto a céu aberto, ruelas cortadas por mangueiras clandestinas que levam água às residências e margens de córregos com lixo exposto. Nas conversas com moradores do Jardim Vera Cruz e Horizonte Azul, região conhecida como Fundão do M’Boi Mirim, Skaf insistiu em perguntas que levassem os moradores a admitir a falta de atenção do governo estadual com os bairros mais pobres da zona sul.

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“Você percebeu uma mudança para melhor aqui nos últimos dez anos?”, perguntou Skaf a um morador. “Você sabe quem é o responsável pela segurança pública?”, questionou à diarista Verônica de Farias Santana, de 29 anos, 10 deles no Jardim Vera Cruz. “Todo mundo acha que é do prefeito ou do governo federal, mas, não, a responsabilidade é do governador”, respondeu Skaf na conversa com a diarista.

A comitiva do candidato e de jornalistas rodou durante cerca de duas horas pelas estreitas e irregulares ruas do bairro. As paradas foram realizadas, principalmente, nos locais onde o esgoto é despejado em córregos da região, que por sua vez desemboca na represa de Guarapiranga. Boa parte das ruas eram de chão batido e sem estrutura de iluminação pública. Quando havia sistema de luz, os fios eram acompanhados por mangueiras que levam água aos moradores.

Skaf disse que mesmo sem sistema de esgoto moradores recebem a conta da Sabesp. Mostrou uma cobrança endereçada a uma moradora da Rua Maria Trevisani que chegou às suas mãos por meio do vereador e líder do PMDB na Câmara Municipal de São Paulo, Ricardo Nunes. “O governo do Estado gasta uma fortuna, mas é ele mesmo quem polui os rios e as represas”, disse Skaf, ao lado de um córrego que leva esgoto para a represa.

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Perguntado qual a sua proposta para o problema, o peemedebista deu uma resposta genérica: “A proposta para essa região é transporte público, escolas, segurança e saneamento básico”. Ele se aprofundou um pouco mais na questão da água tratada. “A proposta é só cobrar pelo serviço feito”, disse, com a conta de água na mão. Ele falou também em estender a linha Lilás do metrô até o Jardim Ângela.