Mais de três meses após as eleições municipais, Colombo ainda vive impasse em relação ao número de vereadores eleitos para atual administração. No pleito do ano passado, o município elegeu 21 parlamentares com base na lei, aprovada em 2010, que permitia o aumento de 13 para 21 no número de cadeiras na Câmara.
Porém, após ação popular foi movida contra o aumento, a juíza Letícia Zétola Portes considerou a ampliação de vagas ilegal, exigiu anulação da emenda e determinou a diplomação de 13 vereadores. Apesar da decisão, 21 foram empossados pela Justiça Eleitoral. Diante da situação, o Ministério Público do Paraná (MP-PR) enviou duas notificações à Câmara, exigindo o cumprimento da decisão judicial e que os parlamentares excedentes sejam destituídos dos cargos.
O presidente interino da Câmera, vereador Sérgio Pinheiro, que é um dos 21 empossados, afirma que os parlamentares foram diplomados de maneira legal pela Justiça Eleitoral, mas diz que aguarda o fim do impasse.
Ficha limpa
Além das incertezas que rondam a Câmara de Colombo, a eleição também não terminou para a candidata eleita Bete Pavin (PSDB). Ela foi impedida de assumir o cargo após a Justiça Eleitoral detectar problema em relação à Lei da Ficha Limpa. Enquanto aguarda o caso ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral, o vereador José Renato Strapasson (PTB), eleito presidente da Câmara na primeira sessão do ano, assumiu o cargo interinamente, até o julgamento da ação contra Pavin.
O MP-PR já declarou que qualquer decisão tomada pela Câmara durante o impasse, inclusive a eleição de Strapasson ao cargo máximo da Casa é de caráter nulo e ilegal. Caso as decisões contra o aumento do número de vereadores e a eleição de Pavin não se alterem, Colombo terá que chamar novas eleições, para escolher novo prefeito e vereadores.