A Câmara Municipal de Rio Branco do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, começou a fazer a convocação, ontem, de uma sessão especial, que será realizada amanhã ou domingo, para dar posse ao novo prefeito, Amauri Johnsson (PPS), que foi considerado vencedor da eleição por decisão do Tribunal Regional Eleitoral anunciada anteontem. O prefeito que perdeu o cargo, Pedro Portes de Barros (PP), até ontem à tarde ainda não havia sido notificado da decisão da Justiça Eleitoral.
Partidários da sua permanência no cargo fizeram um protesto em frente aos prédios da Prefeitura e Câmara Municipal, ontem de manhã, provocando um princípio de tumulto. Os manifestantes começaram a apedrejar as janelas da Câmara e da Prefeitura, mas ninguém saiu machucado já que Barros havia decretado ponto facultativo no município até o próximo domingo, antecipando os feriados de Páscoa. Esta não é a primeira vez que há protestos em decorrência da situação política em Rio Branco. No final do ano passado, foram registrados protestos na cidade contra fraudes nas eleições para vereador.
Espera
Johnsson estava aguardando apenas o comunicado da Câmara sobre a sessão de posse. ?Esperamos que não haja nenhum obstáculo à nossa posse. O protesto de hoje não representa a opinião da população. A maioria veio da zona rural para a cidade com a promessa de ganhar chocolate e nem sabia direito que protesto era aquele?, afirmou o novo prefeito.
De acordo com Johnsson, seu adversário está alegando que apenas deixa o cargo quando receber o comunicado da Justiça Eleitoral, o que deve acontecer hoje. ?Isso não é necessário, mas se ele faz questão, nós aguardamos porque é só uma questão de o juiz informar a ele sobre a decisão do TRE?, comentou.
O diretor geral da Câmara Municipal, Pedro Aparício, informou que dispensou os servidores por causa do protesto, mas permaneceu no prédio para organizar a convocação da sessão extraordinária. O município tem apenas uma sessão semanal e sempre às quintas-feiras. Por causa da Páscoa, a sessão de hoje foi cancelada. ?E nós precisamos de um prazo de pelo menos quarenta e oito horas para convocar a sessão de posse, após o comunicado do Poder Judiciário?, justificou.
O TRE acatou uma ação de Johnsson que denunciou Barros por compra de votos na eleição do ano passado. O prefeito cassado pode recorrer da decisão do TRE ao Tribunal Superior Eleitoral. O Estado não conseguiu localizar Barros para comentar a decisão do TRE.