Depois de ter afirmado que candidatura “não é um ato de voluntarismo, mas também não pode ser uma operação camicase”, o deputado Alfredo Sirkis (PSB-RJ) decidiu lançar o seu nome como pré-candidato ao governo do Rio. Um dos políticos mais próximos a Marina Silva, o deputado deixou o PV para ingressar no partido de Eduardo Campos depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro da Rede Sustentabilidade.
Antes de Sirkis anunciar sua intenção, o PSB estava próximo de fechar coligação com o PROS, que deve lançar o deputado Miro Teixeira (ex-PDT) como candidato ao governo. Miro já disse que, se aliança for fechada no Rio, fará campanha para Campos. “Tomei essa decisão no domingo, quando fui correr no Aterro do Flamengo e cinco pessoas me pararam para perguntar sobre a candidatura. O grau de solicitação é considerável, acho importante colocar a proposta”, disse Sirkis, ressalvando que a decisão será tomada na convenção do PSB, provavelmente em junho.
O ex-verde avalia que poderá herdar o eleitorado de Fernando Gabeira (PV) na última eleição, em 2010, quando Sérgio Cabral (PMDB) foi reeleito. Gabeira teve cerca de 20% dos votos. “Parcela considerável do eleitorado de classe média não se sente identificada com os nomes que estão na disputa até agora e precisa de um interlocutor”, diz Sirkis, que esboçou um programa com 8 pontos. Sobre a pré-candidatura de Miro, ele sugere que os dois se mantenham na disputa e que, em junho, “o candidato que tiver em melhor condição” seja escolhido. “Vamos ver o que acontece, a gente vai se entender lá na frente. Não vejo como uma questão conflituosa. Não vai sair briga por causa disso.” Miro elogiou Sirkis mas disse que se recusa a fazer avaliação política a partir de pesquisa eleitoral. “Gosto muito do Sirkis, mas o relevante é buscarmos construir uma unidade em torno de um bom programa e não com base em pesquisa eleitoral.”