A 66ª Assembleia-Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) foi encerrada ontem com um alerta sobre a “deterioração das liberdades” na América Latina. A SIP, que reuniu mais de 500 editores de jornais das Américas ao longo de cinco dias em Buenos Aires, apresentou relatório anual no qual aponta “ação coordenada de governos para controlar a imprensa”, além da atitude, por parte de altos dirigentes de “submeter os meios de comunicação ao desprestígio”. Destaca ainda “um avanço fora do normal da violência contra os jornalistas” na região.
Segundo a SIP, a América Latina está sendo assolada pela “proliferação de mecanismos legislativos e arbitrárias decisões judiciárias” que em um “ambiente de debilitamento da democracia servem para assediar” os jornalistas e as empresas de mídia. O relatório condena a prisão de 27 jornalistas em Cuba, que receberam penas de 1 a 28 anos de detenção, por tentar exercer a liberdade de expressão no país. Exige sua “liberação incondicional” e o fim das “ações repressivas” contra blogueiros independentes na ilha.
A entidade também ressaltou preocupação pelo assassinato de 16 jornalistas nos últimos oito meses – metade no México. E pediu “maior empenho na investigação” dos crimes.