Presidido pelo ex-diretor geral da Assembleia Legislativa (AL) Abib Miguel, o Bibinho, o Sindilegis (Sindicato dos Servidores Públicos Civis da AL) poderá mudar toda a diretoria.
A presidente interina Dilva Scaramela Ogibowski poderá convocar assembleia geral extraordinária para aprovar a renúncia coletiva da direção. Dos vintes diretores do Sindilegis, três estão presos.
Além de Bibinho, o ex-diretor administrativo da AL José Ary Nassif é o tesoureiro do Sindicato e o ex-diretor de Pessoal Claudio Marques da Silva, eleito como diretor geral. A presidente interina recebeu documento de diretores pedindo afastamento.
Scaramella foi convocada a prestar depoimento na sexta-feira passada, pela Comissão de Sindicância que investiga se o ex-diretor de pessoal Antonio Carlos Gulbino, que substitui Claudio Marques da Silva , pressionou a presidente do Sindicato a assinar a ação judicial movida para impedir o acesso do Ministério Público à folha de pagamento dos servidores efetivos e comissionados.
Scaramella, que assumiu após a prisão de Bibinho, entrou com ação para evitar a entrega dos documentos ao MP, mas recuou. Ela acusou Gulbino de ser um dos diretores que exigiram que o Sindicato ingressasse com a medida.
O MP pediu o afastamento de Gulbino. Cálculo aproximado sobre a média de salários do Legislativo aponta que o Sindilegis administra um orçamento próximo a R$ 2 milhões anuais em contribuições dos associados.
A Diretoria de Comunicação da AL informou que a renúncia da diretoria é um pedido que parte dos associados da entidade. A Mesa Executiva não tem ingerência.