Investigação feita por comissão de sindicância do Senado em quatro contratos de prestação de serviços, que somam R$ 14,2 milhões, detectou indícios de superfaturamento, excesso de pessoal terceirizado, salários acima dos de mercado, além de falta de justificativa para as contratações. No contrato com a empresa fornecedora de mão de obra para limpeza, foi constatado superfaturamento de 57%.
“Não diria que são contratos superfaturados. São contratos caros”, disse ontem o primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI). “Pedi o estudo porque vi que tinha gordura nos contratos e era preciso fazer uma redução.” Um dos casos mais emblemáticos é o contrato para prestação de serviços de limpeza em três prédios da Casa. De acordo com a comissão, foi detectado um superfaturamento de 57% no contrato de R$ 2,3 milhões ao ano. A comissão recomendou a redução de pessoal de 95 empregados para 46.
“Considerando-se as planilhas de custos elaboradas pela comissão, concomitantemente à redução nos quantitativos, obteríamos uma redução efetiva no valor global anual de R$ 2.365.745,76 para R$ 996.389,76”, diz o relatório da comissão de sindicância. Além disso, os empregados recebem salários acima do estabelecido pelo acordo coletivo da categoria.