Membros tucanos da direção da Força Sindical repudiaram a assinatura do manifesto que acusou o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, de mentir sobre a criação do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT). Eles pedem uma retratação do presidente em exercício da entidade, Miguel Eduardo Torres. “Houve uma falha, uma desatenção por parte do Miguel que hoje está na presidência. A central não pode falar em nome de todos. A disputa política deveria ser um objetivo de pessoas, e não geral”, disse o 1.º vice-presidente da Força, Melquíades de Araújo, filiado ao PSDB.
Torres assumiu a Força no lugar do deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que se licenciou da presidência da central para disputar a reeleição. Ele assinou o manifesto em conjunto com a Central única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e Nova Central, acusando Serra de “impostura e golpe contra os trabalhadores” por sua atuação na Constituinte.
De acordo com Araújo, uma reunião da cúpula da Força deve acontecer na próxima semana para rever o posicionamento adotado por Torres, por ferir o “princípio pluralista” da central. Torres foi procurado pela reportagem, mas não respondeu ao recado deixado em seu celular. Segundo sindicalistas, ele estava em viagem ao Rio Grande do Norte.