A defesa do atual presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), é tão eloquente entre os poucos parlamentares presentes à sessão do plenário esta tarde que foi até destacada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) na tribuna. “Sarney não precisa estar aqui. As pessoas que o defendem estão aqui. Nem ele faria uma defesa tão bem feita”, observou, após as falas dos colegas Alvaro Dias (PSDB-PR), Heráclito Fortes (DEM-PI) e Geraldo Mesquita (PMDB-AC).

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Ele reforçou, porém, sua tese de que Sarney deve se afastar da presidência do Senado em razão do envolvimento de seu nome em denúncias, como a feita hoje em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, segundo a qual o neto do presidente do Senado, José Adriano Cordeiro Sarney, é um dos operadores do esquema de concessão de empréstimos consignados a servidores da Casa.

“Se Sarney se afastar, estará fazendo um bem para ele. E se ele fizer um bem para ele, é um bem para a sociedade”, afirmou. “Mas chamar de golpismo? Pelo amor de Deus!”, reagiu, referindo-se ao pronunciamento feito momentos antes por Mesquita, que se disse preocupado com a opinião pública.

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