Sigilo de filha de Serra também foi violado em Mauá

Os dados fiscais da filha do candidato tucano ao Palácio do Planalto, José Serra, também foram violados na agência da Receita Federal de Mauá (SP). O acesso indevido às informações de Verônica Serra ocorreu no mesmo dia em que outras quatro pessoas ligadas ao PSDB tiveram seus sigilos fiscais quebrados.

A primeira invasão dos dados de Verônica, já comprovada, havia ocorrido cerca de uma semana antes na agência de Santo André (SP), com a ajuda de uma procuração falsa usada por um contador filiado ao PT.

O acesso aos dados que deveriam ser protegidos pelo Fisco foi feito no início da manhã do dia 8 de outubro de 2009, de acordo com documentos da Corregedoria da Receita Federal. A partir do computador da servidora Adeildda Ferreira Leão dos Santos foi feita uma busca aos registros fiscais da filha de Serra, entre 8h52m20s e 8h52m42s.

A segunda quebra do sigilo de Verônica integrou uma sequência de violação de dados fiscais de tucanos ligados a Serra na manhã do dia 8 de outubro na agência de Mauá. A partir do terminal de Adeildda desenvolveu-se uma ação que começou com a consulta a dados cadastrais e culminou com o acesso ao núcleo do conteúdo do IR – a relação de bens e rendimentos dos contribuintes.

A nova safra de documentos da corregedoria mostra que foram acessados os dados cadastrais do ex-ministro do governo FHC Luiz Carlos Mendonça de Barros (das 8h49m19s às 8h49m24s), de Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra (das 8h49m28s às 8h49m35s), de Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-diretor do Banco do Brasil no governo tucano (das 8h49m42s às 8h49m55s), Ronaldo de Sousa, ex-sócio de Ricardo Sérgio (das 8h50m às 8h52m11s) e do vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge Caldas (das 9h33m25s às 10h22m34s). A declaração do dirigente partidário foi vasculhada por cerca de 50 minutos.

Menos de quatro horas depois, os dados dos tucanos foram novamente acessados a partir do computador da servidora, agora para impressão e consulta das informações sigilosas.

No caso de Verônica, a primeira fraude foi promovida pelo contador Antonio Carlos Atella Ferreira, que usou uma procuração falsa para ter acesso aos dados da filha do candidato tucano em setembro do ano passado. Atella era, na época, filiado ao PT. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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