A criação de uma secretaria especial de aviação civil ligada ao gabinete da Presidência foi bem recebida. Tanto as empresas quanto o sindicato avaliam que há desorganização e falta de planejamento e que a intervenção direta da presidente eleita, Dilma Rousseff, reunindo sob a mesma pasta a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), poderia dar novo rumo ao setor.

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“É uma estratégia para esse momento de emergência, em que não se conseguiu articular a aviação civil com os instrumentos que se tem. A aviação civil ficou numa espécie de limbo e não sofreu ação efetiva durante anos”, afirma Elton Fernandes, especialista em aviação civil e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Para ele, a desorganização do sistema ocorreu quando a Anac foi criada com caráter regulador, deixando de lado o planejamento.

Para o brigadeiro Allemander Pereira, ex-diretor da Anac, a criação da secretaria deve vir acompanhada da nomeação de diretores “com formação acadêmica e experiência profissional”. “A presidente está bem direcionada para não permitir que haja influência política. A criação dessa pasta mostra que ela tem visão exata da dimensão dos problemas que temos”, disse. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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