Quase 60 mil servidores estaduais ativos, inativos e pensionistas serão contemplados com reajuste salarial este ano. O governador Roberto Requião anunciou ontem, durante a reunião da Escola de Governo, que a secretária da Administração Maria Marta Lunardon já tem pronto o plano que regulariza e melhora os salários dos servidores do quadro geral e também das universidades estaduais.
Segundo Requião, a mensagem com a indicação dos percentuais será enviada no próximo dia 15 para a Assembléia Legislativa do Paraná (AL), assim que os trabalhos forem retomados após o recesso. "Além do salário mínimo de R$ 437 no Paraná, vamos corrigir os salários do quadro geral. Mas é importante lembrar que temos o ?salário social? de R$ 400, que somadas gratificações, significa que não exista ninguém no governo ganhando menos do que o salário mínimo que estamos propondo", afirmou o governador.
Segundo Maria Marta, a implantação do reajuste salarial entrará em vigor imediatamente à sua aprovação na AL. Ela não antecipou qual será o percentual, porque essa definição depende de uma avaliação que as secretarias da Administração e da Fazenda farão da folha salarial do mês de janeiro de 2006, observou a secretária.
Entre os servidores beneficiados, estarão cerca de 50 mil do quadro geral do Estado, incluindo os ativos e inativos e mais cerca de nove mil servidores administrativos das universidades estaduais. A secretária enfatizou que o governo do Estado vem promovendo ajustes setoriais para os funcionários do quadro geral desde o início da administração Requião, com a implantação de abonos.
Na proposta de reajuste, os abonos serão incorporados ao vencimento base, para que possa incidir nos qüinqüênios e nas aposentadorias, disse a secretária. "Sobre esse ajuste é que será aplicado o percentual que será definido, o que deverá beneficiar os salários menores", explicou.
O percentual que será válido para os servidores das universidades também depende de reunião com os reitores, onde serão esclarecidas dúvidas sobre critérios de ascensão e promoção dos funcionários. Segundo a secretária, o governo quer que as regras sobre a ascensão e promoção sejam avaliadas por desempenho.