A Câmara Municipal de Curitiba aprovou ontem, no final da tarde, a mensagem do prefeito Cassio Taniguchi (PFL) prevendo a concessão do reajuste de 4% nos salários dos cerca de 30 mil servidores municipais a partir do mês que vem.
Mais 3% serão concedidos em dezembro, completando 7,47%. Não é o que pleiteava o Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc), que convocou para hoje uma greve geral da categoria e uma manifestação de protesto.
Os manifestantes se concentram na praça Santos Andrade a partir das 8h, seguindo depois em passeata até o Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura, no Centro Cívico.
O objetivo, segundo a presidente da entidade, Marilena Silva, é pressionar o Executivo a retomar as negociações com o funcionalismo, que deseja o reajuste integral, sem o parcelamento proposto pela prefeitura, e retroativo ao mês de março, que é a data-base da categoria fixada pela lei n.º 8680.
Reivindicações
O Sismuc também pretende pôr na mesa de negociações outros temas, que constavam na pauta proposta à Prefeitura em fevereiro deste ano. Entre eles está uma melhor assistência à saúde, através dos órgãos vinculados, com a realização de exames periódicos; uma política de prevenção às chamadas doenças ocupacionais (LER e DORT), e redução da carga horária dos educadores para 30 horas semanais.
Emendas
A bancada de oposição chegou a apresentar três emendas à mensagem oficial com o objetivo de garantir a reposição da inflação no período de 2001 a 2003 e a retroatividade do benefício à data-base. Defendidas pelos vereadores Pedro Paulo (PT), André Vargas (PT) e Paulo Salamuni (PMDB), foram todos derrubadas por 19 votos a 7.
“Tentamos cobrar do prefeito Cassio Taniguchi o cumprimento das promessas de campanha”, explicou o vereador Paulo Salamuni (PMDB), lembrando que em 2000 Taniguchi remeteu carta a todos os funcionários garantindo um aumento de 10%. Coube aos vereadores Mário Celso (PSB), Jair Cezar (PTB) e Jônatas Pirkiel (PL) defender a mensagem da Prefeitura.
