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Antigos funcionários da Prefeitura de Balsa Nova, na Região Metropolitana de Curitiba, estão revoltados por terem sido demitidos, no último dia primeiro de janeiro, sem terem recebido a documentação necessária para liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e seguro-desemprego.

Eles acusam o novo prefeito, José Franco Pelizzari, de não querer pagar as indenizações trabalhistas e alegar que os ex-funcionários não têm direito de recebê-las. Ontem de manhã, cerca de duzentas pessoas se reuniram em frente à Prefeitura para protestar. No total, 303 funcionários foram demitidos. "Os ex-funcionários tinham cargos comissionados e eram contratados pelo regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Eles procuraram a Caixa Econômica Federal e lá consta o recolhimento do FGTS. Agora, eles querem receber o que lhes é de direito", disse a assistente social e uma das organizadoras da manifestação, Carmem Seguro. Ela atuou onze anos na Prefeitura de Balsa Nova, foi demitida no último mês de dezembro e, ao contrário das outras pessoas dispensadas, recebeu indenização trabalhista.

O coletor Vanderley Joaquim Beliene, 60 anos, trabalhou quatro anos com lixo reciclável e estava revoltado. Sem mais receber o salário de R$ 344 e ter acesso ao FGTS e ao seguro-desemprego, ele contou estar se sentindo desamparado. A auxiliar de serviços gerais Rosana Lederer, de 37 anos, também já começa a enfrentar dificuldades financeiras. Ela paga R$ 153 mensais (ganhava R$ 294) de prestação de sua casa e tem dois filhos para sustentar, um de quatro e outro de dezessete que ainda não está trabalhando.

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Na próxima segunda-feira, o prefeito José Franco Pelizzari anunciou que vai enviar ao Tribunal de Contas do Paraná pedido de autorização para tentar liberar o dinheiro do FGTS.

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