Os servidores da Justiça estadual do Rio Grande do Sul entraram em greve nesta quinta-feira, 25. Apesar da paralisação, os grevistas se comprometem a manter o funcionamento mínimo, previsto em lei, de 30% do efetivo em todas as funções para atendimento de casos urgentes.

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Segundo o Sindicato dos Servidores da Justiça no Rio Grande do Sul (Sindijus-RS), a adesão no primeiro dia da greve foi de cerca de 60% dos 7 mil trabalhadores do setor, atingindo as comarcas da capital e do interior do Estado. Em Porto Alegre, houve mobilização de grevistas no Prédio II do Foro Central.

A greve foi aprovada em Assembleia Geral da categoria no último dia 19 e não tem prazo para terminar. As reivindicações dos servidores são reposição salarial de 15%, redução da jornada de trabalho, construção de plano de cargos e salários, definição de um calendário de reposição das perdas salariais e reajuste do auxílio alimentação para o mesmo valor pago aos juízes (R$ 799).

O diretor de imprensa do Sindijus-RS, Fabiano Marranghello Zalazar, disse à reportagem que a última reunião com o Tribunal de Justiça do RS ocorreu no último dia 15, antes da assembleia que decidiu pela greve, e por enquanto não há previsão de uma nova rodada de negociações. “Eles alegam que não podem dar reajuste por causa da conjuntura política e econômica do Estado. Mas dinheiro para dar auxílio alimentação aos magistrados eles têm”, afirmou.

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Juízes e desembargadores gaúchos conseguiram uma vitória em Brasília, junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para garantir o pagamento de auxílio-alimentação de R$ 799 por mês. A decisão também determina que recebam retroativamente valores referentes ao benefício, a contar desde 2011. Com isso, cada magistrado tem direito a R$ 38,3 mil. A decisão do CNJ decorre de uma ação da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris). Em 2011, o pedido de pagamento desse auxílio foi negado pelo Conselho da Magistratura do TJ-RS.