Reajuste salarial

Servidores ‘acampam’ em frente à Assembleia pra botar pressão em deputados

Servidores montaram acampamento no Centro Cívico pra pressionar deputados. Foto: Aniele Nascimento

Servidores públicos estaduais estão reunidos na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico, em Curitiba, para acompanhar a discussão do projeto que pretende suspender o reajuste salarial do funcionalismo para 2017.

Desde as primeiras horas desta terça-feira (22) várias categorias estão reunidas, a expectativa é que até o início da tarde um grande número de servidores esteja no local, ônibus vindo de várias cidades do Estado estão para chegar a capital. As vinte e duas categorias do funcionalismo estadual, entre elas segurança, saúde, e educação acompanharão a discussão dos deputados na Assembleia Legislativa do Paraná que servirá como base para a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017.

O professor Arnaldo Vicente, coordenador do Fórum de Servidores, afirmou que essa mobilização dos servidores na data de hoje é, na verdade, uma cobrança ao governo que já havia aprovado no ano passado a data-base e agora quer voltar atrás.

“Para encerrar a greve no ano passado, os servidores tiveram que engolir a imposição do governo de passar a data-base de maio para janeiro. E agora o que o governo pretende é não nos pagar a data-base. Então estamos hoje aqui chamando a atenção dos deputados para que não passem por cima da lei que já foi aprovada e sancionada, porque se isso acontecer o próximo ano vai começar com uma série de greves no Paraná, e nós achamos que a sociedade paranaense não merece isso”, afirmou.

Deputados

O Governo do Paraná encaminhou no último dia 17 a Assembleia Legislativa do Paraná uma emenda que suspende o pagamento do reajuste salarial dos servidores. A Secretaria da Fazenda alegou que o Estado não tem condição fiscal para pagar o reajuste e ainda promoções e progressões de carreira.

Segundo informações da Secretaria, o governo necessita de R$ 1,4 bilhão para pagar as promoções e progressões. São R$ 600 milhões em atrasados e mais R$ 800 milhões para o próximo ano. Para o reajuste salarial seriam necessários mais R$ 2,1 bilhões.

O texto da Lei de Diretrizes Orçamentárias foi aprovado ontem pela Comissão de Orçamento da Alep. A votação da LDO segue agora para votação em primeiro turno nesta terça-feira (22) e a votação em segundo turno está prevista para quinta-feira (24).

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