Servidores do Estado acampados em frente à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) desde a tarde desta segunda-feira, 12, resistiram à forte chuva na cidade registrada à noite. Doze pessoas, servidores das áreas da educação e segurança, dormiram em barracas. Por volta da meia-noite, agentes da Secretaria de Ordem Pública do município os abordaram para que desmontassem as barracas. Houve negociação e ficou acertado que elas ficariam abertas durante a madrugada e fechadas de dia.

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O acampamento tem como objetivo pressionar os deputados a votar contra o pacote de medidas de austeridade do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) que está em apreciação na Alerj. “Choveu muito, mas vale a pena o sacrifício. É pouco tempo aqui para resultados importantes. Os servidores já decidiram: não vamos pagar a conta da corrupção. Amanhã é nosso ‘dia D'”, disse Luiz Eduardo Ferreira, do Sindicato dos Profissionais da Faetec.

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Nesta terça-feira, 13, o esquema de policiamento no entorno da Alerj está bem menor do que o da véspera, quando foi realizado um grande protesto. As ruas Primeiro de Março e Assembleia estavam abertas ao tráfego pela manhã e não havia barreiras policiais nas imediações da Casa, tampouco revista de mochilas (policiais checaram bolsas nesta segunda em busca de morteiros).

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Há uma semana, um ato terminou com repressão violenta da PM, que usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo para dispersar manifestantes.

Às 11h estava marcada uma reunião entre deputados e representantes da Secretaria de Segurança, Polícias Civil e Militar, bombeiros e sindicatos, para tratar da votação desta quarta-feira, 14, a mais importante para os servidores: o aumento da contribuição previdenciária do funcionalismo de 11% para 14% e o congelamento de salários até 2020 – daí a alcunha de “dia D”.

A pauta desta terça gera menos controvérsia: os deputados irão votar o aumento do ICMS para produtos como bebidas e gasolina. Parlamentares estão reunidos para tratar de emendas. Mais tarde, a casa debaterá também o orçamento do Rio para 2017.