O servidor do Senado Franklin Albuquerque Paes Landim disse ontem à Polícia Federal (PF) que as ordens para esconder atos administrativos partiram dos ex-diretores Agaciel Maia e João Carlos Zoghbi. Foi o primeiro depoimento no inquérito aberto pela corporação para investigar os boletins sigilosos, revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo.

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Landim é o chefe de publicação dos atos. Ele repetiu ao delegado Gustavo Buquer, que conduz o inquérito, o que já havia dito ao Ministério Público e a uma sindicância interna do Senado: Agaciel e Zoghbi foram os mentores da prática de não publicar decisões administrativas. Landim contou que recebia ordem verbal e por e-mail de Celso Antônio Menezes, ex-chefe de gabinete de Agaciel.

Para a polícia, já estariam configurados os crimes de improbidade administrativa e inserção de dados públicos. Mas a PF apura outros crimes. São eles corrupção, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, remessa ilegal de divisas, sonegação de impostos e falsidade documental. O inquérito está na primeira fase. Só na próxima fase, após o levantamento de rol de crimes e responsabilidades, é que serão feitos os indiciamentos.

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