A coligação do presidenciável tucano José Serra anunciou ontem que entrará com uma representação na Procuradoria-Geral da República pedindo a investigação e a punição dos responsáveis pelo tumulto ocorrido na caminhada da última quarta-feira, em Campo Grande, no Rio de Janeiro.

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A representação assinada pelos advogados da coligação O Brasil Pode Mais pede “apuração de infração penal de diversas pessoas qualificadas como militantes do PT”. Citam especificamente José Ribamar de Lima, diretor do Sindicato de Agentes de Combate às Endemias, e Sandro Alex de Oliveira Cezar, conhecido como “Sandro Mata-Mosquito”.

Durante o evento de campanha, Serra foi atingido na cabeça por um objeto semelhante a uma bobina de adesivos. Imagens de TV, no entanto, mostraram cenas anteriores à agressão, quando também foi jogada no candidato uma bolinha de papel. A campanha de Dilma usou apenas imagens da bolinha nos programas do horário eleitoral gratuito. Tanto a candidata quanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizaram a agressão.

Ao anunciar a medida, integrantes da oposição insistiram em comparar ações do PT a práticas “fascistas”. “Uma caminhada pacífica foi perturbada e interrompida pela tropa de choque organizada por militantes do PT. É o uso da tecnologia patenteada pelos fascistas italianos na década de 20: trocar debate de ideias por porrada nos adversários”, disse o senador eleito Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).

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Retratação

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O médico Jacob Kligerman, que atendeu o candidato tucano após a confusão em Campo Grande, disse que espera uma retratação do presidente Lula, para quem o médico teria participado da fraude.