O PFL de São Paulo tem feito forte pressão sobre o PSDB para lançar o prefeito José Serra ao governo estadual. Caso contrário, o partido pretende ter nome próprio para a disputa ao Palácio dos Bandeirantes. O pefelista com maior cacife dentro do diretório estadual é o do presidente da Federação do Comércio, Guilherme Afif Domingos.
"Eu vou trabalhar para que se crie um entendimento em torno do nome do José Serra apesar de o meu candidato ser o Afif", afirmou o vice-governador de São Paulo, Claudio Lembo, presidente do PFL paulista. "Se o candidato não for o Serra acho difícil um entendimento e a tendência será lançar um nome", acrescentou.
A pressão do PFL pode inviabilizar o acordo nacional em torno do governador Geraldo Alckmin na corrida pelo Palácio do Planalto. Com a manutenção da "verticalização" das coligações partidárias, as alianças estaduais devem seguir a orientação nacional.
Até agora o único impasse para o amplo acordo entre PFL e PSDB era o prefeito do Rio de Janeiro, César Maia, que havia manifestado que deixaria de lado a candidatura ao Planalto se os tucanos lançassem Serra. Em reunião com o presidente do partido, senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), Maia manteve o nome na disputa e impôs condições para o entendimento.
Evasivo
Na primeira aparição pública depois da indicação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), para disputar a Presidência da República, o prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB), foi, mais uma vez, evasivo ao responder sobre o futuro político.
Depois de inaugurar o primeiro projeto de integração de escola e clube municipal, no Tatuapé, zona leste da capital, no início da tarde, Serra disse que este tema (eleição para governador) não está posto. "Eu não vou ficar entrando nele todos os dias, mas a especulação é livre para ser feita", argumentou. Ele disse que responderia apenas sobre temas da cidade. Porém, criticou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
De acordo com Serra, a limitação do Orçamento federal para a área da saúde traz graves dificuldades neste setor, principalmente para as instituições filantrópicas, tais como a que mantém o Hospital Santa Marcelina.
