O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, voltou hoje a fazer promessas para, se for eleito, ampliar o programa Bolsa Família, uma das maiores vitrines do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da principal adversária do tucano na disputa eleitoral, Dilma Rousseff (PT). Ele propôs a criação do “13.º Bolsa Família”, que seria dado aos beneficiários no fim de cada ano e custaria 8% do orçamento anual destinado ao programa. “Não é nada exorbitante”, afirmou. “Quando chegar dezembro, você dá uma Bolsa Família extra.”
Serra defendeu também a extensão do pagamento do Bolsa Família a beneficiários que deixem de se encaixar nos critérios do programa – por exemplo, quando um dos integrantes da família arrume um emprego. “Com relação ao Bolsa Família, eu creio também que ele deve ser mantido durante algum tempo, mesmo que as famílias consigam emprego, até como incentivo para elas se empregarem. Muitas vezes as pessoas têm medo de deixar de receber o benefício e ir para um emprego”, afirmou.
Em campanha na capital paulista, o tucano disse que o período a ser estendido ainda não foi definido, mas chegaria a “mais de um ano”. “A ideia é manter o Bolsa Família durante algum tempo, mesmo que (os familiares) consigam emprego, exatamente para estimular também que as famílias – os jovens e quem pode trabalhar – tenham incentivo para procurar emprego”, afirmou.
Salário mínimo
Serra disse que sua proposta para o salário mínimo de R$ 600 para 2011 também deve ampliar o número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família. “O salário mínimo de R$ 600 vai ampliar quantitativamente o número de famílias do Bolsa Família porque hoje o critério está relacionado ao salário mínimo, meio salário per capita, algo assim. Com o salário mínimo sendo mais alto, mais famílias entram no Bolsa Família”, disse.
Atualmente, de acordo com dados do site do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Bolsa Família atinge 11,1 milhões de lares. Para receber o benefício, a família precisa ter renda mensal de até R$ 140 por pessoa e manter os filhos de até 17 anos na escola.