A coordenação nacional de campanha do presidenciável José Serra (PSDB) começa hoje oficialmente a largada para o segundo turno, com uma reunião voltada à mobilização de aliados em Brasília.

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O governador eleito do Paraná, Beto Richa (PSDB) e o senador Alvaro Dias (PSDB), que se afastaram na reta final do primeiro turno, são presenças certas no encontro e devem trabalhar integrados na campanha de Serra. Beto quer convidar Serra para começar a ofensiva do segundo turno em viagem ao Paraná, neste fim de semana, provavelmente na região Oeste do Estado.A intenção é ampliar a pontuação de Serra principalmente nas cidades menores do Paraná.

“Nossas lideranças, prefeitos e comitês no Estado todo estão mobilizados, vamos trabalhar intensamente. Eu sou um soldado do partido para ajudar o José Serra, agora de maneira exclusiva para ampliar bastante a vantagem que ele já teve em cima da candidata do PT no Paraná no primeiro turno”, declarou o governador eleito.

Daniel Caron
Beto: convite ao candidato.

No primeiro turno, José Serra venceu em oito estados, incluindo o Paraná. Por aqui, a vantagem para o tucano para a petista Dilma Rousseff ficou em cinco pontos, de 43% a 38%, enquanto Marina Silva (PV) atingiu 15% dos votos.

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Entre as maiores cidades do Paraná, Dilma Rousseff saiu na frente em Foz (43% a 38%) e São José dos Pinhais (40% a 38%). Já Serra venceu em Cascavel (42% a 40%), Maringá (47% a 30%), Ponta Grossa (52% a 26%), além da capital (44% contra 26%). Em Londrina, Dilma ficou na terceira colocação (com 18% dos votos), atrás de Serra (55%) e Marina (23%).

Arquivo
Serra: hora de se comunicar.

Sobre a possibilidade do apoio do PV nesta etapa, Beto Richa acredita que o PSDB está muito perto de conseguir um apoio formal. “Serra sempre boa relação com o partido, como prefeito e governador de São Paulo tinha o apoio da bancada do PV. O próprio eleitor da Marina está muito mais próximo de Serra que de Dilma”, diz Beto.

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Integrante da coordenação nacional da campanha de Serra, o senador Alvaro Dias também analisa que as possibilidades de se ampliar a vantagem de Serra sobre Dilma no Paraná são grandes.

“Para a eleição presidencial, é uma tradição o PSDB ser bem-sucedido no Estado. Não só em relação à mobilização, mas por conta dos votos da Marina, uma tendência de migração para o Serra, assim como em estados como Santa Catarina e Mato Grosso. O trabalho agora é em torno da Marina, que é o patrimônio eleitoral mais cobiçado”, diz Alvaro.

A briga no segundo turno deve migrar para a comunicação usada pelos candidatos, segundo o senador. “Os cabos eleitorais de milhares de candidatos de todo o País saem de campo e a comunicação é valorizada, com espaço igual na mídia.

Agência Senado
Alvaro: cabo não vai definir.

A preocupação maior será sobre o modelo de comunicação convincente a se adotar e o candidato deve se preservar para um bom desempenho nos debates e na presença de mídia diária”, afirma Alvaro, que também disse que as discordâncias com Beto Richa devem ser deixadas de lado nas próximas semanas.

“É natural que ocorra aproximação em função da atividade partidária e do Senado. Temos que deixar divergências de lado em função de projetos importantes para o Estado e o projeto atual é a eleição do Serra”, con,cluiu o senador.