Na intervenção pública mais contundente já feita, o candidato tucano à presidência da República pelo PSDB, José Serra, fez hoje, na Convenção Nacional, em Salvador, um forte discurso de oposição no qual atacou o apadrinhamento, o aparelhamento do Estado e os políticos “neo-corruptos”. Os tucano desfiou um rosário de “verdades eternas”, tratadas como valores dele e de seu governo, se for eleito em outubro.

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Sem falar explicitamente o nome do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Serra comparou as suas “crenças” com as práticas de oito anos de PT no poder, disse que os chefes de governo não podem acreditar que personificam o Estado e, citando Luís XIV, acrescentou: “Nas democracias e no Brasil, não há lugar para luíses”.

Além da defesa do Estado de Direito e da crítica a quem “desdenha a democracia nas ações diárias”, Serra disse que o Brasil precisa se afastar de “três recordes internacionais”: uma das menores taxas de investimento público do mundo, a maior taxa de juros do mundo e a maior carga tributária de todo o mundo em desenvolvimento.

O tucano repetiu a biografia apresentada na pré-convenção, em Brasília, em abril passado, falou do político de origem pobre e que estudou em escola pública, e concluiu: “Não comecei ontem, não caí de paraquedas” e, “comigo, o povo brasileiro não terá surpresas”.

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