O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, mudou, pelo menos hoje, sua estratégia de atacar a adversária do PT, Dilma Rousseff, pela quebra do sigilo fiscal de sua filha Verônica e de outros colegas tucanos na Receita Federal para falar dos problemas do Pará e dizer quais seus planos para o Estado caso substitua o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Eu não vim aqui para falar de tititi eleitoral, mas para falar de coisas boas, positivas. O Pará sempre me deixa entusiasmado”, esquivou-se Serra.

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Em vez de violação de sigilo ou as denúncias que envolvem a ministra da Casa Civil, Elenice Guerra, o candidato preferiu tratar de saúde. Ele disse que se chegar à Presidência e Simão Jatene, candidato de seu partido ao governo paraense, se eleger, pretende montar policlínicas por todo o Estado.

De acordo com Serra, as policlínicas são ambulatórios médicos com especialidades em exames que farão cerca de 150 mil consultas por mês e 400 mil exames de laboratório e de imagem. Segundo o tucano, seriam dez unidades dessas por todo o Pará.

Serra disse que houve falta de investimentos dos governos federal e estadual na saúde pública no Pará. “Lembro que quando estava ministro da Saúde alocamos recursos para o Hospital de Clínicas, fato esse que criou uma nova etapa no atendimento desse hospital”, afirmou.

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Estradas

Ao falar das estradas paraenses, deu uma estocada no presidente Lula ao afirmar ter havido “descaso” do governo federal com obras importantes, como as rodovias Transamazônica e Santarém-Cuiabá (MT), que até agora, apesar das promessas, ainda não foram asfaltadas. Disse ter ouvido de Jatene e do senador Flexa Ribeiro (PSDB) que neste final de semana ambos percorreram 400 quilômetros da Transamazônica e não viram uma única máquina trabalhando.

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Sobre a polêmica construção da hidrelétrica de Belo Monte, entre os municípios de Senador José Porfírio e Altamira, o tucano declarou que pretende encarar o problema de frente. Na avaliação dele, a usina não começou bem, principalmente quanto às questões sociais e ambientais, mas disse que pretende “tocar a obra” e resolver os problemas.