Recém-chegado de uma viagem a Pernambuco, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou hoje que é folclore dizer que o PSDB é fraco na região Nordeste do País. “Não é o que as pesquisas mostram. As que incluem meu nome nos dão larga vantagem no Nordeste”, afirmou o governador, um dos nomes tucanos mais cotados para concorrer à presidência da República em 2010. “Pesquisa não é resultado de eleição, mas a realidade não é aquela que muitas vezes se pinta”, disse, em referência aos que apontam pouca popularidade do PSDB na região.

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Serra negou que haja um caráter eleitoral nas viagens que fará, nas próximas semanas, à Bahia e ao Rio Grande do Norte. “Candidatura e campanha eleitoral são ano que vem.” O governador contou que assinará um convênio na área tributária, na Bahia, e participará de um seminário no Rio Grande do Norte. O tucano classificou-se como um “político nacional”. “Minha atenção especial é com o Brasil”, disse, para dirimir dúvidas a respeito de sua maior frequência nos aeroportos nordestinos. Segundo Serra, essa importância nacional se dá, principalmente, pelos convênios na área tributária que ele tem firmado com governadores pelo País afora.

O tucano evitou responder sobre a crise do Senado, que tem como protagonista o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP). Sobre o bate-boca de ontem em plenário entre aliados e opositores de Sarney, limitou-se a responder: “Ver as mudanças da política brasileira de 1990 para cá, na relação entre indivíduos, é fascinante. É coisa para tese de mestrado e doutorado”, comentou.

O governador gravou na tarde de hoje uma entrevista no programa de televisão de Jô Soares, na “Rede Globo”, na Capital. A entrevista, de quase uma hora, vai ao ar hoje à noite. Nela o governador fala sobre a Lei Estadual Antifumo, Educação e Segurança. No meio da gravação, Jô Soares mostrou um vídeo de Serra cantando baião ao lado de Gonzaguinha em um evento na Capital. Encabulado com a cena, o governador comentou: “Não sou tão bom governador, como cantor”. Percebendo a gafe, apressou-se a corrigir: “Quer dizer, sou melhor governador do que cantor”.

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