O governador de São Paulo, José Serra (PSDB), afirmou na quinta-feira (15), no Palácio do Planalto, que o Programa Pró-Vicinais, que prevê a recuperação de estradas, “não é um programa tapa-buraco”. “São 12 mil quilômetros e as estradas vão ficar como novas. Não é brincadeira, não se trata de um programa tapa-buraco, de consertar um trecho”, disse, em alusão à operação do governo federal do petista Luiz Inácio Lula da Silva.

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Com um plateia de mais de 500 prefeitos de cidades do interior de São Paulo, que serão beneficiadas pelo programa, o evento marcou o início das duas fases finais do programa de recuperação de estradas. As obras serão feitas em quase todas as cidades paulistas, inclusive na capital, e começam ainda neste semestre. O governo estima que 35,5 milhões de pessoas sejam beneficiadas pela recuperação de 12 mil quilômetros de vicinais.

Serra aproveitou as boas notícias para fazer um inesperado balanço dos dois primeiros anos de gestão – em um discurso de 51 minutos. Falou dos investimentos em saúde e educação e deu conselhos de gestão aos prefeitos. Mostrou a iniciativa do Estado de São Paulo como um modelo para enfrentar os impactos da crise econômica no País.

“Estamos dando uma contribuição muito importante. Não por concorrência, mas por obrigação”, afirmou, citando que as obras devem aliviar o problema do desemprego ao empregar 140 mil pessoas direta e indiretamente. “Não tenho nada contra programas de transferência de renda, mas não há nada que substitua o emprego.”

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Comparação

Antes do governador, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, deputado Vaz de Lima (PSDB), já havia feito o paralelo entre as duas iniciativas dos governos estadual e federal. “Não é Operação Tapa-Buraco. É asfalto novo, de qualidade, e o trabalho não se limita ao chão, há placas e faixas de sinalização”, disse o deputado.

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Mas partiu do presidente estadual do PSDB em São Paulo, deputado federal Antonio Carlos de Mendes Thame, a mais aguerrida defesa de Serra e a mais clara alfinetada em Lula. “É nesses momentos de crise que nós vemos as atitudes dos governantes. Há aquele que se alienam, não conseguem ler jornal, sentem azia com más notícias”, afirmou, em referência às declarações de Lula à revista Piauí. “E há outros que, pelo contrário, enfrentam a crise, sem tentar dourar a pílula.”

Mendes Thame atribuiu a Serra uma “extraordinária capacidade de enfrentamento de momentos difíceis” por causa da manutenção dos investimentos, apesar da crise. “Nós, paulistas, podemos comemorar, pois somos governados com eficiência, sensibilidade, decência e dignidade.”