Durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, o senador José Serra (PSDB-SP) defendeu a permanência do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, no cargo. Serra chegou a provocar o senador Lindbergh Farias (PT-RJ). “Ele é melhor que as alternativas que o seu partido propõe, e o senhor concorda”, disse Serra, referindo-se à pressão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para trocar Levy.
“Ambas (as alternativas) são ruins, eu ando lutando contra as duas”, respondeu Lindbergh, referindo-se a Levy e ao ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, nome que Lula tenta emplacar para assumir o cargo. O plenário foi tomado por gargalhadas após a breve discussão.
Um pouco antes, Serra havia afirmado que o limite para a dívida bruta, sugerido pelo Tesouro Nacional, era de 6,6 (vezes a receita corrente líquida), teto superior ao proposto por ele no Congresso ao final do processo.
O parecer de Serra propõe que durante os primeiros cinco anos a dívida bruta poderia chegar 7,1 (vezes a receita corrente líquida) da receita e, depois, teria que ser reduzida para 4,4 (vezes a receita corrente líquida) até o 15º ano. Já a dívida líquida poderia subir até 3,8 (vezes a receita corrente líquida) e depois terá que cair para 2,2 até o 15º ano.