Nacional

Serra defende mínimo de R$ 600 e não quer tucano se bicando

O ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) pregou a unidade do partido e uma atuação forte da oposição ao governo Dilma Rousseff, em reunião da bancada tucana na Câmara. Ele afirmou que o salário mínimo de R$ 600 é “factível” e que as contas públicas podem suportar esse valor.

Serra disse que irá ao Senado, se for convidado, como pretende o senador Itamar Franco (PPS-MG), para defender o valor de R$ 600 como propôs durante a campanha eleitoral para a presidência da República.

“Apresentei essa proposta e posso fundamentá-la. E apresentarei as principais questões que me levaram a fazer essa proposta que envolve não só o financiamento direto de um mínimo menos indecente do que é hoje, como também as questões correlacionadas da nossa economia”, disse.

Em sua participação na reunião da bancada, Serra repetiu mais de uma vez que o tucano não pode falar mal de tucano. O PSDB está dividido entre os aliados de Serra e os seguidores do senador Aécio Neves (PSDB-MG), ex-governador de Minas Gerais.

“O 11º mandamento deve ser: não atacar o seu colega de partido para não servires ao adversário”, disse Serra. O líder da bancada do partido, deputado Duarte Nogueira (SP), fez coro: “Temos de ter um bom convívio para que tucano não bique tucano”

Serra defendeu uma fiscalização rigorosa do governo. “A bancada tem obrigação de controlar as obras desse falado PAC, que nunca foi o que se dizia. Não faz nada e não tem dinheiro no Orçamento”, disse. Ele ressaltou que a fiscalização deve se estender a todas as áreas.

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