O candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, acusou hoje o PT de ser o partido do “quanto pior, melhor”, durante debate promovido na capital paulista pelo jornal Folha de S.Paulo e pelo portal UOL, que foi retransmitido pelo Paraná Online.
Ao ser questionado pela presidenciável do PT, Dilma Rousseff, sobre a tentativa do DEM – partido do vice de Serra, Indio da Costa (RJ) – de barrar o Programa Universidade para Todos (ProUni) – que concede bolsas de estudo para estudantes em instituições privadas de educação superior – no Supremo Tribunal Federal (STF), Serra acusou o PT de ter tentado barrar a Lei de Responsabilidade Fiscal e o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef). “Em matéria de quanto pior, melhor, o PT é imbatível”, acusou o tucano.
Serra listou uma série de projetos que a bancada do PT votou contra no Congresso Nacional durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). “Você é muito ingrata com o Itamar (ex-presidente da República de 1992 a 1994, Itamar Franco) e o Fernando Henrique”, disse Serra a Dilma. A candidata petista afirmou que a diferença de seu partido é que ele reconhece que votou errado no passado e disse que levou os projetos importantes adiante “de forma adequada”.
“O PT, viu Marta (Suplicy, candidata petista ao Senado e ex-prefeita de São Paulo), o PT sindicalista quer fechar as parcerias com os hospitais. Agora esse negócio do DEM, parece até brincadeira. Você (Dilma) também nem está preocupada com isso”, alfinetou Serra.
O candidato do PSDB também perguntou à presidenciável do PV, Marina Silva, sobre a importância do ensino técnico. “A educação é a prioridade das prioridades”, disse a candidata, para em seguida criticar o modelo de educação implantada pelo PSDB em São Paulo, a qual chamou de “negligente”. “Porque em 20 anos não temos aqui em São Paulo um exemplo a ser transferido em políticas públicas para o País”, disse Marina ao comparar a situação do ensino de São Paulo e Rio de Janeiro com Estados mais pobres da federação.