Sérgio Moro revoga três prisões temporárias do caso Lava Jato

O juiz Sérgio Moro, responsável por todas as ações da Operação Lava Jato, revogou a prisão temporária de três investigados por participar no esquema de desvio de dinheiro da Petrobras. Foram beneficiados Lucélio Góes, filho do doleiro Mário Góes, e Dario Teixeira Alves Junior e Sonia Mariza Branco, suspeitos de serem subordinados do lobista Adir Assad.

Em ambos os casos, o juiz afirma que a prisão temporária, que tem prazo máximo de cinco dias, cumpriu seu objetivo de “preservar a colheita da prova”. Ele também considera que as provas poderiam impor aos investigados um pedido de prisão preventiva, mas pondera que, “como medida extrema e a bem da presunção de inocência, não deve ela ser prodigalizada, devendo ser reservada àqueles com participação mais relevante na prática dos crimes”.

O juiz determina, após a revogação da prisão, obrigação de comparecer aos atos do processo e não deixar a residência por mais de 30 dias, mudar de endereço ou deixar o País sem prévia autorização da Justiça. O descumprimento das medidas cautelares pode levar à decretação de prisão preventiva.

Lucélio e o pai, Mário Góes, foram presos na segunda-feira, 16, na décima fase da Operação Lava Jato, batizada de Que País é Esse?. Mário é acusado de ser carregador de dinheiro para o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que voltou a ser preso nesta semana.

Dario Teixeira Alves Junior e Sonia Mariza Branco são suspeitos de trabalhar para o lobista Adir Assad, que já foi investigado pela Polícia Federal no caso Delta, em 2012. Tanto Mário Góes como Assad negam participação em irregularidades.

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