O juiz federal Sergio Moro, responsável pela condução da Lava Jato em Curitiba, saiu da reunião com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sem falar com a imprensa. Porém, informou em nota logo em seguida que decidiu aceitar o cargo de ministro da Justiça. Os dois se reuniram na casa do capitão da reserva durante a manhã desta quinta-feira (1º). Aceitando o convite, Moro terá que pedir exoneração da carreira e não vai poder mais julgar os casos da Lava Jato.
Confira na íntegra a nota de Sérgio Moro
“Fui convidado pelo Sr Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na pratica, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências”, disse ele em nota.
Pelo Twitter, Bolsonaro falou sobre a decisão de Moro em integrar sua equipe. “O juiz federal Sérgio Moro aceitou nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda anti-corrupção, anti-crime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte”, disse.
O juiz federal Sérgio Moro aceitou nosso convite para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Sua agenda anti-corrupção, anti-crime organizado, bem como respeito à Constituição e às leis será o nosso norte!
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 1, 2018
Time de Bolsonaro
Até o momento, Bolsonaro confirmou quatro nomes de ministros. O astronauta e tenente-coronel da reserva Marcos Pontes para o ministério da Ciência e Tecnologia, o deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil, o general da reserva Augusto Helena, para a Defesa e o economista Paulo Guedes para o ministério da Economia, pasta que vai englobar os atuais ministérios da Fazenda, Planejamento e Indústria.
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