A Procuradoria da República denunciou o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) por quadrilha corrupção e lavagem de dinheiro. O juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio, recebeu a denúncia.
São acusados na denúncia, além do ex-governador, 13 aliados seus, inclusive sua mulher Adriana Ancelmo – cuja prisão foi decretada pelo magistrado – e ex-secretários de Estado, que em seus dois mandatos ocuparam cadeiras estratégicas que teriam sido usadas para movimentar o esquema de arrecadação ilícita de recursos de grandes obras do Estado contratadas junto a empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato.
Sérgio Cabral foi preso em 17 de novembro na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato que desvendou esquema milionário de propinas atribuído ao peemedebista. Ele teria chefiado um grupo que girou R$ 224 milhões em corrupção.
A Procuradoria da República constatou que a organização supostamente chefiada por Sérgio Cabral era dividida em quatro núcleos – econômico, administrativo, financeiro operacional e político.
O núcleo político, afirmam os quatro procuradores que subscrevem a denúncia, era formado pelo ‘líder da organização criminosa, o ex-governador Sérgio Cabral’.