Senadores vão à PGR pedir acesso a dados de correntistas do HSBC na Suíça

Um grupo formado por cinco senadores que compõem a CPI do HSBC esteve reunido com o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e com Vladimir Aras, procurador responsável pela área internacional da PGR, para pedir acesso à relação de correntistas do banco HSBC na Suíça. Segundo os senadores, os representantes do Ministério Público Federal devem ir à França no próximo mês para um encontro com autoridades francesas que estão com os dados que são alvo da investigação.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), vice-presidente da CPI, Janot se comprometeu a compartilhar com a CPI a lista de brasileiros que mantêm contas no HSBC na Suíça. O caso, que ficou conhecido como SwissLeaks, apura se pessoas usaram contas no paraíso fiscal para sonegar impostos e cometer outros crimes financeiros. “Ele nos informou que já foi solicitado na segunda-feira da semana passada a cooperação com o Estado francês”, disse o senador. “Ainda agora neste mês de abril o doutor Janot e o doutor Vladimir Aras deverão ir até a França e nós combinamos de fazer uma ação em conjunto da nossa parte procurar aqui embaixada francesa para pedir celeridade.”

Além de Rodrigues, estiveram presentes no encontro, o presidente da CPI, o senador Paulo Rocha (PT-PA), e os senadores Davi Alcolumbre (DEM-AP), Fátima Bezerra (PT-RN) e Regina Sousa (PT-PI). “O objetivo da vinda aqui ao Ministério Público foi cumprido uma vez que o objetivo tanto da CPI quanto do Ministério Público é buscar provas concretas e legítimas e reais que possam comprovar esse processo de sonegação e de evasão de divisas para que a CPI possa iniciar o seu trabalho com firmeza e com a busca de resolver esse grave problema no nosso País. À medida que a gente faz essa intercooperação entre a CPI e o Ministério Público, nós estamos no caminho certo”, declarou Rocha.

Na última semana, o Ministério da Justiça e a PGR firmaram um acordo de cooperação com a França para trazer para o País os dados relativos às contas na Suíça. O objetivo é que o Brasil possa dar prosseguimento à investigação que foi aberta pelo MPF, para apurar se brasileiros cometeram crimes financeiros enviando dinheiro à Suíça e conseguir a devolução desses valores que teriam sido desviados da Receita Federal.

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