Temerosos do prejuízo político que poderá ser provocado pela aprovação, logo mais, na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado do projeto de resolução 72, que acaba com a guerra dos portos e prejudica os Estados do Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás, alguns senadores começaram a articular, há pouco, uma manobra para tentar adiar a votação e ganhar tempo para negociar uma alternativa.
No entanto, há pessimismo em relação a essa alternativa, porque, segundo negociadores, o governo está irredutível e articula um acordo para votação imediata. Ontem, 16, os governadores do Espírito Santo, Renato Casagrande; de Santa Catarina, Raimundo Colombo e de Goiás, Marconi Perillo, estiveram em reuniões separadas com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para pedir que o governo concorde com um prazo de transição, até que sejam eliminados os incentivos fiscais dados à importação pelos seus Estados. O ministro, porém, não concordou com a proposta e informou que quer o fim dos incentivos já a partir de janeiro de 2013.
Articuladores políticos da base aliada temem que a determinação do governo em derrotar três Estados poderá agravar o clima negativo às vésperas da instalação da CPI, que investigará a atuação do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Existe a preocupação com os prejuízos políticos que a presidente Dilma Roussef poderá sofrer com essa atitude.
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