Um grupo de cerca de 15 mulheres cercou senadores na saída da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após os integrantes do colegiado aprovarem nesta quarta-feira, 26, a proposta que atualiza a lei do abuso de autoridade e a que estabelece o fim foro privilegiado.

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Relator do texto final do abuso de autoridade, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) foi o primeiro a ser abordado. “Você está na operação Carne Fraca. Está na Lava Jato e agora quer aprovar uma proposta que o povo não quer”, gritou uma das mulheres. O peemedebista não reagiu com agressividade e ressaltou que representa “o povo do Paraná”.

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Outro alvo dos protestos foi o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que foi acompanhado pelo grupo até a entrada do plenário que gritava palavras de ordem contra o tucano. O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), também foi cercado. “O povo diz não”, afirmou uma das integrantes do grupo. “Ladrão”, gritou outra.

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Andando em direção ao gabinete da liderança, Renan reagiu quando uma das mulheres, filmando-o com o celular, se aproximou de forma mais ostensiva. “Fale baixo e abaixe a mão”, disse Renan. Ela respondeu: “Vocês estão com poder, podem tudo”.

Após se desvencilhar do grupo, Renan defendeu a aprovação do fim do foro privilegiado. “A pesquisa Paraná diz que 60% da população aprova, ao contrário do que diz os veículos de comunicações. Foi muito bom”, comemorou.

Tanto a proposta do abuso de autoridade quanto a que estabelece o fim do foro devem ser votadas na tarde desta quarta no plenário do Senado. Por ser uma proposta de emenda à Constituição, a que prevê o fim do foro precisa ser aprovada em dois turnos com apoio de ao menos 41 votos. Já o projeto do abuso de autoridade se aprovada nesta quarta no plenário segue para discussão da Câmara.