Os senadores do Paraná, Alvaro Dias (PSDB), Flávio Arns (PT) e Osmar Dias (PDT) avaliaram que a decisão do Conselho de Ética do Senado de recomendar a cassação do mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) refletiu o desejo da opinião pública, mas foi também fundamentada numa investigação objetiva. ?O Conselho de Ética tomou uma decisão que é a mesma que seria tomada pela sociedade?, afirmou Osmar.
O senador pedetista acha que a posição do conselho vai acelerar o desfecho do caso. Desde o início das denúncias contra Calheiros, acusado de quebra de decoro parlamentar, Osmar defendeu a saída do senador alagoano da presidência do Senado Federal. ?Com o fim deste impasse, o Brasil poderá ver o Senado como uma instituição de respeito de fato?, comentou.
| Foto: Agência Senado |
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| Osmar: respeito. |
Para o senador Alvaro Dias, prevaleceu a força do voto aberto. ?Quando o voto é aberto, há um cuidado e um respeito maior à opinião pública?, disse Alvaro, acrescentando que a instituição saiu fortalecida ao deixar os interesses pessoais em segundo plano. Alvaro, entretanto, alerta que pode haver uma reversão de expectativas quando a matéria for submetida ao plenário, onde conforme a Constituição Federal, pedidos de cassação são analisados em voto secreto. ?Tenho esse receio também porque se trata de uma colégio eleitoral ampliado. São oitenta votos em que a posição partidária pode acabar prevalecendo?, disse.
O senador Flávio Arns (PT) disse que todo o Brasil se envolveu neste debate, mas o conselho agiu de forma objetiva, analisando informações, documentos e coletando depoimentos. ?O conselho decidiu com base nesse trabalho. E seguiu o caminho que deveria ser seguido?, comentou Arns. Ele acredita que a decisão deverá ser mantida na votação em plenário. Mas comentou que a Polícia Federal e o Ministério Público devem aprofundar as investigações em relação a outras acusações, como sonegação fiscal.
