Senadora desanca Porto de Paranaguá

A senadora Kátia Abreu (DEM-TO) gastou boa parte de seu discurso ontem em defesa de investimentos em infra-estrutura na região Centro-Norte para fazer críticas pesadas aos terminais portuários do Sul do Brasil, especialmente ao porto de Paranaguá que classificou como ?um dos portos mais ineficientes do mundo?.

A senadora alegou que nos últimos 15 anos o País assistiu a um crescimento da importância dos estados do Centro-Norte do País, que passaram a dividir com os tradicionais estados do Sul a vanguarda da produção agrícola e pecuária. No entanto, ela disse que o crescimento não foi acompanhado por investimentos do governo federal no escoamento destes produtos. ?Essa transferência na produção de grãos, especialmente também da pecuária, não foi acompanhada de infra-estrutura, como de hidrovias, portos e também de ferrovias?, criticou a senadora.

Kátia Abreu até ressaltou que os três estados do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul – continuam importantes produtores. No entanto, ela disse que não justificava o fato de a produção da região Centro-Norte ter rotas desviadas. ?Vêm pelas estradas esburacadas, aportam e saem no porto de Paranaguá, dificultando e encarecendo o custo da produção e também possibilitando acúmulo nas exportações daquele porto, Paranaguá, um dos mais ineficientes do mundo – não só do Brasil; um dos portos mais ineficientes do mundo?, repetiu a senadora por Tocantins.

?Há portos com administração federal, portos com administração municipal e portos com administração estadual?, disse. ?Itaqui, Paranaguá e Rio Grande, no Rio Grande do Sul, são três portos com administração estadual. O porto de Itajaí, em Santa Catarina, que é administrado pela prefeitura, é extremamente eficiente; funciona à altura dos padrões internacionais. O próprio porto de Santos tem melhorado sua performance, que é administrado pela União?, disse.

Quanto ao terminal portuário paranaense a senadora emitiu opiniões bem ácidas. ?Francamente, colegas senadores, senadoras e presidente, os três portos administrados por esses três Estados não estão à altura da produção nacional. O porto de Paranaguá, com recolhimento de taxas das embarcações do transporte, tem R$ 350 milhões na conta e não faz investimento no calado, que é necessário fazer. Agora, a Marinha do Brasil, com senso de responsabilidade, proibiu que navios sejam atracados no porto de Paranaguá à noite, devido ao alto risco nesse transporte, por falta de investimento, por falta de sinalização, por falta de competência administrativa e, principalmente, por falta de responsabilidade com o País. É um crime de lesa-pátria o que estão fazendo não só com o Paraná, porque Paranaguá é um porto brasileiro. Não é um porto apenas paranaense?.

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