A senadora Ana Amélia (PP-RS) foi a primeira oradora inscrita a falar durante a sessão que irá votar o afastamento da presidente Dilma Rousseff. Em sua fala, a senadora afirmou que votará a favor do afastamento da presidente e ressaltou que o alto nível de inflação e taxa básica de juros são os resultados do não cumprimento do Orçamento e das chamadas pedaladas fiscais. “São nesses indicadores que o povo sente o que são as pedaladas fiscais”, afirmou.
“Essa página da história está mostrando que ninguém, nem a presidente e nem o vice, estão acima da lei. A lei é para todos e temos a obrigação de respeitar a lei. É por isso que encaminho meu voto favorável ao impedimento”, disse.
Na avaliação da senadora, não se pode ter pressa para avaliar a questão, mesmo com os pedidos da sociedade. Ana Amélia elogiou a decisão de ontem do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) de não acatar a decisão do presidente em exercício da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA).”Ontem, na decisão que fez, negou a manifestação inadequada, equivocada, inoportuna da Câmara”, disse.
Com o objetivo de agilizar a votação, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que aceitará requerimento para que “possamos encerrar a oração e passarmos para a votação”. “Poderemos receber um requerimento para encerramos a discussão”, afirmou.
A sessão começou tumultuada, com vários senadores pedindo questão de ordem. Com início às 10h, a senadora começou a falar depois das 11h15, mas afirmou que não se incomodava, já que o Senado está cumprindo com a sua responsabilidade.
O segundo senador a falar, José Medeiros (PSD-MT) afirmou que a presidente Dilma Rousseff usou um discurso de que “os fins justificam os meios” e que ela fez “reforma ministerial por encomenda”. Ele afirma que o governo continuou sem funcionar. “Aqui não compete ser só honesto, tem que parecer honesto. O cenário atual não é outro se não uma mescla de crise econômica e política”, afirmou o senador, declarando voto favorável ao afastamento de Dilma.
O senador foi o segundo a falar numa lista de inscrição que já tem mais de 56 senadores.