O senador Delcídio Amaral (PT-MS) disse nesta quinta-feira (21), em discurso na tribuna do Senado, não estar ainda convencido da necessidade de criação de uma nova estatal para gerenciar a exploração do petróleo na camada pré-sal, uma proposta que está sendo analisada pelo governo. O mais importante, segundo o petista, é o resultado da produção e a definição de uma modelagem tecnicamente correta com regras transparentes. “Temos que gastar muito tempo nesta discussão e que prevaleça o bom senso”, afirmou.

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O senador do PT alertou que, para a exploração do pré-sal, será preciso alocar recursos e tecnologia que garanta uma produção estimada de 6 a 7 milhões de barris por dia num prazo de sete a oito anos. Segundo explicou, atualmente há escassez de recursos humanos e equipamentos para esse setor e eventuais atrasos poderiam causar adiamentos irrecuperáveis. O petista disse ainda que o mercado está aquecido e que as empresas precisam se preparar para atuar nesse cenário complexo.

Entre as exigências de equipamentos, citou a construção de grandes navios e sondas. “É preciso lembrar que existem outras regiões no planeta que também estão sendo alvo de grandes investimentos e já possuem os esquemas de partilha totalmente definidos, permitindo a assinatura de contratos de fornecimento do equipamento necessário”.

O senador chamou atenção também para o fato de que poucas empresas têm capacitação técnica para explorar no pré-sal. Ele ressalvou, no entanto, empresas que teriam condições como a própria Petrobras, a Exxon, Chevron, Total, Shell, BP e Statoil, que já operam no Brasil. Ao mesmo tempo, o petista explicou, em seu discurso, que nenhuma das estatais do Oriente Médio, México e Venezuela tem essa capacitação. Pelas estimativas, a exploração da área de Tupi, no litoral paulista, está orçada em US$ 112 bilhões até 2015. “É o orçamento da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo)”, observou, para acrescentar que a exploração de todo o pré-sal deve custar US$ 600 bilhões.

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