O senador Sérgio Oliveira da Cunha (PMN-AC), conhecido como Sérgio Petecão, acusou hoje o governador do Acre, Tião Viana (PT), de persegui-lo no Estado e pediu proteção da Polícia do Senado para si e seus familiares. “O que acontecer comigo e com minha família é de inteira responsabilidade das pessoas que hoje estão à frente do governo do Acre”, anunciou Petecão, da tribuna.
Ex-aliado político da família Viana, Petecão relatou que foi seguido por um “carro não identificado” no último final de semana no interior do Estado. Segundo Petecão, seu motorista suspeitou de que estariam sendo seguidos em dois municípios: Xapuri e Epitaciolândia. O senador estava acompanhado de dois deputados estaduais, Marileide Serafim e Denilson Segóvia, que estão de mudança para o PSD, como o senador.
As divergências entre os ex-aliados são de conhecimento público. Tião Viana chamou Petecão de “covarde” em seu Twitter e no Facebook, no dia 16 de setembro. Petecão suspeita que estaria sendo seguido porque Tião Viana atribui a ele a distribuição de panfletos em todo o Estado com cópia de reportagem da revista IstoÉ envolvendo o irmão dele, senador Jorge Viana (PT-AC), em suposto desvio de recursos das obras da rodovia BR-364. As obras começaram quando Jorge Viana era governador do Estado.
Em aparte, o senador Jorge Viana saiu em defesa própria e do irmão. O acreano acusou o adversário de tentar alterar a reportagem da revista para difamar a sua família no Estado. “O problema não é a repercussão. A reportagem está na internet para quem quiser ver”, disse Viana. O petista ainda acusou Petecão de tentar “chamar a atenção” para seus interesses pessoais e acrescentou que “agressões e mentira” não fazem parte do “jogo democrático” com que o governo do Acre teria compromisso.