A Medida Provisória baixada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que cria um novo modelo para o setor elétrico vai a votação no Senado hoje. Neste novo modelo, as distribuidoras serão obrigadas a comprar energia elétrica em uma câmara comercializadora na qual os preços irão refletir o custo de produção de todas as usinas. Isso elevaria o custo para concessionárias como a Copel, que produzem energia em usinas já pagas, com investimentos feitos ao longo de muitos anos com dinheiro público.
A exclusão da Copel do “pool” de empresas de energia elétrica, previsto na MP, representaria um aumento de no máximo 0,5% no preço média da energia. Mas, reforçando os argumentos de que seria vantajoso para a estatal ficar de fora do “pool”, o preço da obrigatoriedade de comprar energia neste sistema seria bem mais alto: a estatal pagaria quase 3% a mais do que o custo atual.
Estes números foram apresentados pelo deputado federal Gustavo Fruet (PMDB-PR) ao ministro da Coordenação Política, Aldo Rebelo, durante encontro na quinta-feira da semana passada (dia 26). O Paraná reivindica a exclusão da Copel do “pool”, entre outros motivos, porque é um dos maiores produtores de energia elétrica do Brasil.
Fruet acredita que há chance de os senadores excluírem do “pool” as estatais que operam desde a geração até a distribuição – como é o caso da Copel.
