Por falta de acordo diante do impasse criado no Senado sobre uma votação aberta ou secreta para a eleição do presidente da Casa, o plenário decidiu adiar para as 11h deste sábado o pleito interno.

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No comando da sessão, o senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), cuja legitimidade para dirigir os trabalhos era alvo de questionamento, consultou o plenário sobre uma proposta feita por líderes de diferentes partidos: suspender a atual sessão, travada há mais de 5 horas, e retomar amanhã.

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Marcada por tumultos, discussões e xingamentos, a sessão se arrastava sem que houvesse um entendimento entre os defensores do voto aberto (os novatos majoritariamente) e os do voto secreto.

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Pré-candidato a presidente do Senado, Alcolumbre colocou em votação uma questão de ordem, aprovada por 50 votos favoráveis x 2 contrários, que determinava a votação nominal. Foi o estopim para os protestos, principalmente, de senadores mais experientes e dos aliados de Renan Calheiros (MDB-AL), que tentará disputar a eleição contra os interesses do governo Jair Bolsonaro. Ele entende que, às claras, será prejudicado por causa de pressões do Planalto sobre os senadores.

Já Alcolumbre, cujo desejo de presidir o Senado encontra respaldo no governo, era questionado por estar definindo as regras da eleição que disputará. Ele estava em campanha e pedia votos aos senadores, embora ainda não tenha anunciado publicamente que será candidato – uma estratégia para evitar os questionamentos, que, no fim, vieram.

Neste sábado, os senadores terão de definir novamente se mantém a votação aberta – como decidido por 53 senadores dos 81 (parte deles se recusou a votar por não reconhecer Alcolumbre como legítimo). O senador Cid Gomes (PDT-CE) propôs que o método não seja mais questionado – mas não é certo que a votação aberta será mantida.

A expectativa é que, na retomada da sessão suspensa há pouco, os partidos confirmem primeiro as candidaturas a presidente. Em seguida, o senador mais antigo, José Maranhão (MDB-PB) assumirá o controle da Comissão Diretora para proceder à eleição. Como Alcolumbre deve ser confirmar, ele terá de deixar a presidência interina, que assumiu por ser 3º suplente da antiga Comissão Diretor, cujo mandato se encerrou.