Senado se divide sobre a contestação de Tião Viana

Não há consenso entre os senadores sobre a proposta do primeiro vice-presidente do Senado, Tião Viana, de contestar no Supremo a decisão do ministro Ricardo Lewandovski, que autorizou a participação de deputados na sessão destinada a julgar o presidente do Senado, Renan Calheiros. Entre os senadores que manifestaram o desejo de que a decisão judicial seja cumprida está o senador Gerson Camata (PMDB-ES). "Decisão judicial se cumpre", afirmou. Camata disse que não é hora de se discutir a sucessão de Renan Calheiros, mas considera o nome do senador Jarbas Vasconcelos como o mais adequado para ocupar o cargo.

Outro que não apóia a decisão de Tião Viana é o senador César Borges (DEM-BA). "Sou a favor de sessão aberta. Respeito a decisão do Supremo", disse Borges. "O STF tomou uma decisão e cabe a nos aceitá-la", acrescentou o senador, que também é contra o adiamento para as 14h30 da reunião destina a julgar Renan Calheiros. Outro que se manifestou contrariamente foi o senador Álvaro Dias. "Não vejo mal nenhum em sessão aberta", afirmou o senador, que considera que se Renan for cassado hoje, a crise política deve se enterrar. "Se houver absolvição, o Senado vai continuar sangrando".

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