Senado ‘não é casa de caldo de cana’, diz Magno Malta sobre sabatina de Fachin

Senadores que têm se manifestado contrariamente à indicação de Luiz Fachin ao Supremo Tribunal Federal (STF) pediram à presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) que as perguntas da sabatina possam ser feitas individualmente, seguidas da resposta, e não em bloco. Os parlamentares querem também estender o prazo de cinco minutos para perguntas.

Ao pedir mais tempo para a sabatina, o senador Magno Malta (PR-ES) citou a demora levada pela presidente Dilma Rousseff para indicar o nome de Fachin. “Se ela (Dilma) levou nove meses para parir, por que nós temos que entregar agora o feto?”, questionou. “Isso não é casa de caldo de cana, que fica pronto na hora, é o Senado Federal”, completou o senador.

A sabatina estava prevista para começar às 10h, mas até o momento os parlamentares que têm resistido ao nome de Fachin trazem questões de ordem antes mesmo de o jurista entrar na comissão. Além do pedido para estender as perguntas e mudar a forma como será realizada a sabatina, também foi apresentado questionamento sobre o exercício de dupla atividade por Fachin. O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) levantou a questão de ordem e foi apoiado pelo líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO).

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou a demora para iniciar a sabatina. “Temos um dos juristas mais conceituados deste País e estamos vendo que isso virou um debate político e muito interesse da oposição em desgastar o governo. Queria de público pedir desculpas ao professor Fachin”, disse a petista. “Não vi um comportamento desse da CCJ em outra oportunidade em que se faziam sabatinas”, completou Gleisi.

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