Para inibir o vazamento de informações sobre o Senado, o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), mandou abrir uma sindicância para investigar quem vazou a matéria sobre o pagamento superfaturado de rescisões trabalhistas.
O diretor-geral, Haroldo Tajra, nomeou seis policiais do Legislativo para identificarem, no prazo de 90 dias, quem passou a informação ao jornal. A iniciativa não tem amparo no Regimento da instituição. Os processos das rescisões não são sigilosos.
Os documentos comprovam o pagamento indevido de R$ 257 mil pela exoneração de 131 servidores comissionados, que são indicados pelos senadores sem concurso. Na lista de supostos beneficiários está, segundo relatou o jornal ‘Folha de S.Paulo’, a filha do líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR).
A Comunicação Social do Senado informou que não foi ouvida sobre a medida. O primeiro-secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), tampouco se responsabiliza pela criação da comissão.
Procurado, Tajra não quis dar entrevista. Por meio da assessoria de imprensa da Casa, afirmou que sua intenção é a de impedir a divulgação de atos e processos capazes de resultar em ações judiciais contra a Casa.